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Alerta para importância do teste de Hepatites
Em 28 de julho, Dia Mundial de Combate às Hepatites, é reforçada a importância da realização dos testes laboratoriais para detecção da hepatite, assim como os cuidados para prevenir a doença.
Causada por um vírus transmitido pelo contato com sangue contaminado, a hepatite, principalmente a do tipo C, é uma doença comum entre a população. Ela pode atacar o fígado e desencadear cirrose ou câncer. O problema é que permanece sem sintomas, o que torna necessário que as pessoas façam testes laboratoriais de maneira recorrente.
As hepatites B e D são transmitidas principalmente por via sexual, uso de drogas endovenosas e por outras vias parenterais, como acupuntura, tatuagens e procedimentos cirúrgicos nos quais não sejam seguidos adequadamente os protocolos de descontaminação previstos. A hepatite C também é transmitida pelos mesmos mecanismos de infecção das hepatites B e D. Pessoas que receberem transfusões de sangue ou fizeram cirurgias antes de 1993 tem um risco aumentado para a hepatite C, pois não havia ainda esse tipo de triagem em bancos de sangue.
As hepatites A e E são tipos raros no Brasil. Transmitidas por via fecal-oral, principalmente por alimentos contaminados não higienizados adequadamente, a do tipo A tem ainda outra via importante de contaminação: o sexo oral-anal.
A boa notícia é que a maioria dessas doenças tem cura. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 95% dos casos mundiais de hepatite C, em um período de três a seis meses de tratamento, têm cura. Existem tratamentos antivirais altamente eficazes para as hepatites B e C, que frequentemente evoluem para a remissão da doença e mesmo a cura em muitos casos – em particular para o tipo C.
Alguns cuidados para prevenir a doença:
– Hepatites A e B já fazem parte do esquema vacinal brasileiro. Quem não foi imunizado quando criança deve receber vacinas específicas para evitar estas doenças;
– Cuidados com relações sexuais devem ser adotadas, em especial o uso de preservativos para evitar a contaminação da hepatite A;
– Profissionais da saúde, pessoas nascidas até a década de 60, que fizeram cirurgias até 1993 ou que tiveram mais de um parceiro sexual sem preservativo, devem fazer exames para hepatites B e C;
– Pacientes vacinados contra a hepatite B estão também protegidos contra a hepatite Delta.
– A vacina contra a hepatite A é especialmente recomendada em pacientes que vão fazer viagens para regiões endêmicas, como é considerada grande parte do nosso país.