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Novo método para isolar células cancerígenas circulantes pode melhorar o diagnóstico e tratamento da doença

As células cancerígenas circulantes são células malignas que escaparam de um tumor primário, caíram na corrente sanguínea e podem causar metástase em áreas completamente diferentes do organismo. Uma nova forma de isolar estas células, separando-as das células saudáveis de uma amostra de sangue de acordo com seu peso e tamanho, levando-as através de funis por caminhos diferentes, foi elaborada por cientistas da Universidade de Columbia Inglesa, em Vancouver (Canadá). Eles criaram um dispositivo microfluídico, baseado no polidimetilsiloxano (PDMS). O estudo foi publicado na edição de 7 de abril de 2016 do jornal diário Small.

Avaliação do tamanho das células foi fundamental

Amostras integrais de sangue de pacientes com metástase de câncer de próstata resistente à castração e de quatro doadores saudáveis foram introduzidas no dispositivo para o processo de separação, contendo tampão fosfato-salino com pluronic F-127 a 2% de forma a prevenir adsorção não específica nas células pelas paredes do sistema.

O tamanho das células foi medido pelos pesquisadores para avaliar a deformação causada pelo processo de separação, suspendendo as amostras em PBS e as visualizando através de um microscópio invertido Ti-U e uma câmera CCD da Nikon, modelo DS – 2MBW.

O tamanho das células circulantes de câncer metastático de próstata e dos leucócitos dos pacientes com a doença foi destacado com círculo ao redor de sua borda externa. Pelo menos 25 delas foram medidas para o estabelecimento dos dados de cada um destes pacientes.

Eficiência supera o método tradicional

Dessa forma os cientistas conseguiram mostrar onde as células doentes não são significantemente maiores que os leucócitos, podendo ser capturadas com base em suas deformidades com um grau de eficiência 25 vezes maior do que com nos métodos tradicionais de captura de células (CellSearch, Raritan, NJ, EUA).

De acordo com os pesquisadores, no primeiro ensaio o dispositivo foi capaz de capturar mais de 90% das células, produzindo um número bastante inferior de falsos positivos em relação ao CellSearch.